Confucius Classroom é oficialmente elevado ao status de Instituto
O que começou em 2018 como uma sala dedicada ao ensino da língua e cultura chinesa na Universidade Federal Fluminense (UFF) acaba de alcançar um novo patamar: o antigo Confucius Classroom foi oficialmente elevado ao status de Instituto Confúcio (IC), em reconhecimento à qualidade e à abrangência de suas ações ao longo dos últimos sete anos. A atualização foi aprovada em 11 de abril de 2025 pela Fundação para o Ensino da Língua Chinesa, resultado de uma parceria institucional com a Universidade Normal de Hebei, na China.
A criação do Confucius Classroom na UFF foi fruto de anos de negociações e intercâmbios acadêmicos iniciados ainda em 2013, culminando na missão oficial à China, Portugal e Inglaterra em 2017, que consolidou acordos estratégicos com instituições internacionais, incluindo a Hebei Normal University. Naquele momento, a UFF se tornava a nona universidade brasileira a integrar a rede global dos Institutos Confúcio, reforçando sua vocação internacional e seu interesse no fortalecimento das relações com a China — país que, desde 2009, é o maior parceiro comercial do Brasil.
Segundo a diretora chinesa do Instituto Confúcio na UFF, Ana Qiao, o reconhecimento é fruto de um trabalho contínuo desde 2017, ano em que o Confucius Classroom foi autorizado. “O UFF Confucius Classroom, com parceria da Universidade Normal de Hebei, foi aprovado para ser atualizado para um Instituto Confúcio em 11 de abril de 2025, o que significa que o trabalho do Confucius Classroom foi reconhecido por muitas partes nos últimos oito anos, desde sua autorização em dezembro de 2017 pelo HANBAN”, afirmou.
Durante esse período, o projeto se destacou por oferecer cursos em língua chinesa em todos os níveis, além de disciplinas como cultura chinesa, história da China, geografia, atualidades e caligrafia, todas ministradas em português, uma particularidade no cenário nacional. Também foram organizadas palestras, eventos culturais e atividades como o teste HSK (prova de proficiência em língua chinesa), aplicado on-line desde 2021, beneficiando estudantes de todo o Brasil.
A atuação do Instituto vai além da universidade. A diretora destaca a importância do Colégio Estadual MJGS Intercultural Brasil-China, que tem mais de dez anos de história e é único no Brasil. Além disso, os cursos ofertados — presenciais e on-line — alcançam diferentes instituições de ensino superior no país, promovendo o intercâmbio cultural e linguístico entre o Brasil e a China.
“Com a mudança de status, o Instituto Confúcio poderá ampliar sua programação acadêmica”, prevê Ana Qiao. Entre as novas ações que já se destacam está a criação, de forma inédita entre os Institutos Confúcio no Brasil, de um programa voltado ao ensino de chinês para crianças, filhos de chineses radicados no Rio de Janeiro.
“O Programa de Língua e Cultura Chinesa para Crianças foi inicialmente criado a pedido da comunidade chinesa em Niterói para permitir que os descendentes de chineses em Niterói aprendessem a língua e a cultura chinesa. Desde então, tem sido muito popular e recebido, também, a adesão de crianças brasileiras, o que o torna uma importante plataforma de intercâmbio entre crianças chinesas e brasileiras. Elas são o futuro da amizade sino-brasileira”, explica.
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